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| | [Katherine] The mirror of Cipriano girl | |
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Autor | Mensagem |
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Convidado Convidado
| Assunto: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Ter Abr 15, 2014 12:49 am | |
| As pessoas sabem o seu nome e já acham que te conhecem o suficiente para julgar. Nosso passado é repleto de escolhas, erros, acertos, momentos compartilhados e também os omitidos... Os quais são os pontos cruciais de nossa história mas que muitas vezes não temos coragem de revelar. Darei à vocês a chance de conhecer o meu mundo através de meus olhos e entender o que se passa em minha mente instável. Mas não esperem grandes aventuras ou experiências fantásticas, pois é só... A minha vida.- Capítulo Um:
Sim, minha família é de descendência Italiana e nasci em Florença, na Itália, em 19 de abril de 1996. Meu avô paterno descendia dos Médici, só que, claro, à longa “distância”. Mas o fato de eu ter nascido lá, não quer dizer que eu realmente pertencia à aquele lugar. Florença é uma bela cidade, cheia de riquezas culturais, e morei lá até aproximadamente os três anos de idade. Nunca passei dificuldades, e minha família vivia bem financeiramente. Agora, o que para alguns já não é novidade, a minha família nunca foi exemplarmente... Estruturada. Sem carinho, diálogo ou compreensão. Vou explicar-lhes como eram as regras da melhor maneira que consigo fazer... Ou seja, ironicamente. “Quero boas notas e bom comportamento. Você tem comida, água, lugar para morar... E claro, uma governanta que você pode chamar de mãe já que a sua nunca está por perto. Isso é tudo do que precisas e não te atrevas a cometer erros porque o fato de ninguém nunca tê-la ensinado o que é certo e o que é errado não justifica nada. Vais ficar sozinha e aprender as coisas por ti mesma. Não precisas de carinho... És uma Cipriano, precisas de sucesso financeiro. E sim, faço isso para que me odeies e que julgue como um convite quebra regras para que me desrespeites e destruas a boa imagem que sempre tentei criar de ti.” Agora, imaginem isto a ser “recitado” pela voz de meu humilde pai. Ironicamente, entenderam? Cresci ouvindo isto, mesmo que com outras palavras. Enquanto muitas crianças adoravam viajar eu odiava cada vez mais. Florença, Detroit, Toronto, Londres e Nápoles foram algumas das cidades em que... Morei. Eu mudava freqüentemente de cidade, de casa, de escola, de amigos... Se é que tive tempo de fazer algum. Quando era pequena, não entendia muito bem, então apenas ficava triste por um momento... E depois habituava-me à minha nova casa. Mas conforme fui crescendo, minha forma de ver as coisas também foi mudando. Eu não conseguia entender porque não podia ser como as outras crianças. Eu não conseguia entender porque quando estava perto delas sentia como se tivessem tudo e eu não tivesse nada. Porque elas estavam sempre a sorrir, e eu não conseguia imitá-las. Eu odiava, sentia-me reprimida e solitária enquanto olhava para os outros. Passei a ter dificuldades de expressão, e não falava com ninguém. Depois de Gabbe e Alícia, eu nunca mais senti-me bem perto de alguém. Eu sentia raiva por ver aquelas crianças sorrindo e não notarem o que se passava comigo. Por isso, resolvi agir. Mudei o estilo como me vestia, e passei a desafiar tudo e todos para chamar a atenção. Se havia alguma regra para ser quebrada, com toda certeza eu seria a primeira a quebrá-la... E apesar de isso não ser uma coisa de que muitos se orgulhem, essa sensação de liberdade foi o estopim para a “Katherine” de hoje que estava adormecida. Eu não tinha medo de nada. Fui expulsa de três escolas e então fui mandada para a Sakurai High School, onde tudo mudou completamente. Em minha mente, eu tinha um conceito pronto do que queria fazer e de como seria a minha vida. Mas ele mudou completamente mais cedo do que eu imaginava. Era um cômodo esquisito e sombrio de que muitos tinham medo, mas para mim era apenas... Instigante. Foi lá que o encontrei. Ele estava cercado de garotas e pelo visto odiava tudo e todos tanto quanto eu... Mas por alguma razão senti-me inferior à ele, como se o meu ódio não fizesse sentido algum. Falamos-nos pela primeira vez, depois pela segunda, terceira e assim foi. Apaixonei-me justamente do jeito que jurei nunca me apaixonar e acabei virando do avesso... E quanto mais tempo eu passava a observá-lo, mais eu percebia que durante a minha vida toda era apenas isto que eu procurava. Então, de repente eu não queria mais ser uma pessoa ruim. De repente eu já não conseguia mais ver alguém sofrer... E tão de repente, eu precisava ajudar as pessoas... Porque já não suportava mais vê-las triste. Tornei-me simpática, atenciosa e... Feliz. Mas isto não durou muito. Eu o vi morrer, mais de uma vez e toda vez que penso nisso sinto como se meu coração fosse perfurado por milhares de agulhas... Isto me serviu apenas para uma coisa: Descobrir o meu único medo, que é perder as pessoas que amo... Mas também adquiri um novo objetivo... Tornar-me forte o suficiente para protegê-los. Agora deixem-me dizer quem sou. Eu sou Katherine Cipriano, aquela rapariga teimosa que não tem medo. Sou aquela que não desiste e fala até não ter mais o que dizer. De personalidade instável, persistente e extremamente determinada. Sou a Katherine do Miku. Rebelde, indomável, atenciosa e também... Uma tarada sem causa. Uma das tarefas mais difíceis que temos é descrever a nós mesmos, por mais que nos conhecemos... E isto não é diferente comigo. Mas de uma coisa eu tenho a certeza, estou contente por ser como sou e por ter ao meu lado, todas as pessoas que de certa forma me ajudaram. Mas, minha história não é digna de elogios ou admiração... E nem se quer é divertida. Estou satisfeita com os olhos pelos quais me vêem agora, e não preciso mudar isto. Por isso, esta história que acabei de contar nunca será algo a mais do que apenas páginas perdidas de um diário... Que ninguém nunca vai ler.
- Capítulo Dois:
Era para ser só um primeiro dia qualquer em uma escola qualquer... Como fora em qualquer outra. Ou ao menos era para ser. Sakurai High School é uma escola relativamente grande e possui inúmeros cômodos, diversos alunos, milhares de opções de caminho e diálogos e fui parar justamente na sala assombrada. E como se o destino conspirasse à nosso favor, ele também estava lá.
Sua postura era rígida e arrogante, ele parecia não ligar para ninguém que estivesse à seu redor, como se dentro daquela sala não coubesse nada além de seu ego. Ele certamente estava irritado e parecia não ligar em deixar isto claro para as pessoas ali presentes. De certa forma, ele parecia até querer afastá-las o mais rápido possível, como se gostasse de estar só. Sua personalidade me deixava intrigada e aproximar-me dele subiu para o topo da minha lista de aventuras.
Durante as primeiras vezes, nossas conversas eram breves e ele parecia um tanto quanto inacessível... O que fez minha vontade de conhecê-lo aumentar ainda mais. Ele não falava muito de si e eu também não insisti, deixava-me levar apenas por seu jeito inusitado de falar comigo e comecei a apegar-me à ele e mudar meu rumo para um caminho sem volta.
Um certo dia, ele encontrou-me no telhado enquanto eu lamentava a minha triste vida e questionou-me sobre qual seria a sensação de saltar de lá... A resposta foi rápida e impulsiva: Acabamos por saltar de lá para descobrir.
Acho que foi ali que tudo realmente começou.
Sua presença passou a ser algo que me encorajava ainda mais. Ele parecia não ligar para o que eu era, e confiou em mim para fazer-lhe companhia. Ele aparecia sempre que eu mais precisava... Sempre aparecia como se soubesse que eu estava pensando nele. Miku era diferente de tudo e todos, e talvez tenha sido este o principal motivo de minha constante vontade de estar em sua presença sempre aumentar.
Todas as vezes em que ele tentava irritar-me, só me fazia sentir vontade de sorrir... E eu fazia isto em todas elas. Ele passou a ser minha principal e quase única companhia e passávamos muito tempo juntos... Mas sabem o que me deixava mais feliz? Saber que ele também fazia questão de estar ao meu lado. Como sabia? Eu aprendi a decifrá-lo com o passar dos dias, enquanto meu coração batia mais forte apenas com o som de sua voz.
Eu jamais imaginei que alguém pudesse fazer com que me apaixonasse deste jeito. Mas quem planeja esse tipo de coisa? Cada dia mais eu precisava tê-lo por perto e Miku Siki Bute passou a ser a parte do meu dia pela qual eu mais ansiava. Meus olhos, por tanto observá-lo, passaram a decorar todas as linhas de seu corpo a ponto de que se algum dia alguma coisa mudasse, eu saberia. Meu sorriso passou a ter vontade própria e insistia em aparecer quando ele aparecia.
Ele passou a ser a chama que aquecia o meu coração e toda a minha alma. Ele dava-me força para continuar, e coragem para dar um passo à frente enquanto segurava minha mão.
Miku passou a ser o motivo pelo qual eu queria viver... E eu tinha a certeza de que estava perdidamente apaixonada.
E quem diria que, nós dois, nos tornaríamos namorados tão rápido.
- Capítulo Três:
“Eu preciso de você aqui, ao meu lado, Você é tudo que eu não sou na minha vida, Nós somos indestrutíveis, nós somos intocáveis, Nada pode nos derrubar nessa noite... E nós vamos conseguir sair vivos, Eu prometo que esse amor nunca vai morrer!...” Eu amava-o cada dia mais, e cada dia mais ele dava-me forças para ser uma pessoa melhor. Passamos e ficar todo o nosso tempo livre juntos, e até hoje tento descobrir como ele conseguiu suportar-me depois que tornei-me uma tagarela... Acho que no fundo ele sabia que isto também era “culpa” dele, e conforme o tempo foi passando, ele se habituou ao jeito... Katherine de ser. Ele confiou à mim todos os seus segredos, os quais eu guardei dentro de meu coração e depois prometi à mim mesma que nunca mais deixaria que algo o... Atormentasse. Eu gosto de ouvir o meu nome a ser chamado pela sua voz. Gosto de sentir-me protegida em seus braços... E gosto de apaixonar-me por ele a cada dia que passa. Mas como sempre há algo ruim para intervir, o nosso momento também chegou. Certo dia, ele foi atropelado repentinamente e sem motivos plausíveis. Por mais que seu físico fosse forte, ele ficou à beira da morte com tal ocorrido. E eu... Bem, fiquei exatamente como vocês imaginam... Inconsolável. Eu me recusava a aceitar que ele estava por morrer, eu me recusava a viver sem ele... Recusava-me a deixá-lo ir. Eu estava à beira dele, quando seu coração começou a vacilar e aos poucos ia parando... Lágrimas desceram a queimar a minha face gélida, que naquele momento estava tão fria quanto o meu coração. Fui arrancada de perto dele, pois todos sabiam que se eu permanecesse ali, morreria com ele. Mas então, surgiu uma última esperança: Fazer algo do que não me orgulhasse, já que aparentemente isso o salvaria. Por mais que me repreendesse... O que mais importava-me era salvá-lo. Então eu o fiz. Já o que eu fiz, não sinto-me à vontade de lembrar aqui. Quando voltei à enfermaria, ele tinha acordado milagrosamente. Mas negou minha presença, pois já sabia do ocorrido. Não só mandou-me embora... Como acabou tudo. Senti-me a perder todo o sentido do qual precisava para viver. O que eu faria sem ele, depois de estar dependente de si? Quem me daria forças quando eu me sentisse incapaz de conseguir algo? E o mais importante... Quem mais eu poderia amar? Com o passar do tempo, as coisas voltaram ao seu lugar. Foram dias difíceis, confesso. Mas não foram os únicos. Brandon, até então namorado de uma de minhas melhores amigas, Bea, mostrou-se um inimigo desprezível. “Infectou” a muitos com uma criação sua, que ficou conhecida como... Virose da força. Muitas pessoas sofreram, e alguns também sentiram a mesma dor que eu... A dor de perder quem mais amamos. Quem estava infectado por tal virose, estava a mercê dos comandos de Brandon, a ponto de perderem o controle dos próprios atos. Um dia, estávamos no Jardim, e ele atacou-me... E por mais que tentava evitar, não conseguia. Normalmente ele tem o triplo da minha força, naquele dia então, ele precisaria apenas de um de seus dedos para acabar comigo... E ele sabia disso. Então, pediu ao Kail que lhe impedisse... E desde que ele proferiu tais palavras, eu pude entender o que ele quis dizer. Ele sacrificaria a própria vida para que eu pudesse viver... Ele me salvaria, iria proteger-me até o fim... E embora ele sempre tenha deixado isto claro, eu não desejava que isso acontecesse... Pois preferia morrer a ter de viver sem ele. Kail atendeu ao seu pedido. E por mais que eu estivesse desesperada e tentasse impedir, eu não poderia culpar o Kail, ele sabia o que isto significava para o Miku. Eu não vi quando a faca atravessou-lhe o corpo, ferindo-lhe profundamente e levando parte de mim embora... Mas eu vi quando sua alma aos poucos me deixava sozinha. Então, eu o peguei em meus braços enquanto tentava convencer a ele e principalmente à mim de que ficaria tudo bem... A minha dor naquele instante era insuportável e quase inexplicável. Mas vou tentar encontrar as palavras que possa usar para tentar mostrar-lhes o que senti... Meu olhar perdeu-se do dele, quando seu corpo perdia as forças em meus braços. Tentei segurá-lo, achando que poderia evitar a sua ida, mas não pude. Eu nunca quis ficar sozinha... E mesmo que existam outras pessoas em minha vida, ele ter me deixado foi como se um imenso buraco vazio e escuro tivesse sido aberto em meu coração. Naquele momento, eu me perguntava se já havia deixado claro para ele o quanto era importante para mim... O quanto eu o amava, e para sempre amaria. Apesar de tudo, estávamos juntos e ele nunca iria deixar-me desprotegida... Pude sentir o seu amor até quando ele dava seus últimos suspiros. Embora eu tenha ficado apenas poucos dias sem ele, eu sentia como se vivesse uma eternidade sozinha. Mesmo que lágrimas invadissem meus olhos ao lembrar que ele se fora e nunca mais iria voltar, um pequeno sorriso invadia meus lábios com as memórias de como fomos felizes. Começávamos a nossa vida juntos, e eu teria de encontrar forças para continuar sozinha, com esperanças de que algum dia, onde quer que ele estivesse, nos encontrássemos novamente. Eu queria poder ouvir meu nome através da sua voz novamente. Sentir-me protegida em seus braços, e dizer a ele, tudo que nunca consegui deixar claro. Mas chegou o dia em que ele voltou... Mais vivo do que nunca. Assegurei-me de apertá-lo em meus braços com força suficiente para que ele não escapasse nunca mais... Com força suficiente para que não tivesse como perdê-lo outra vez. Prometi a mim mesma que ninguém nunca mais o faria mal, seja lá o que eu precisasse fazer. E então os dias foram seguindo, em seu normal. Ele amava-me com todas as suas forças, e fazia com que eu o amasse todos os dias do mesmo jeito. Quando ele apareceu no início, pareceu-me tão louco e encorajador, que acabei por ficar dependente dele. Ele era teimoso e seus olhos transpareciam sua força. Mas ao mesmo tempo era carinhoso, e atrás de toda aquela força, havia um bom coração. Gosto muito dos seus olhos, que transparecem toda a sua força. Quero segurá-lo para ter a certeza de que ele nunca vá partir, porque mesmo que existam outras pessoas em minha vida, ele deixar-me seria como se eu ficasse eternamente vazia. Apaixonei-me pelo seu jeito, e descobri que ele é a pessoa mais incrível que existe. Ele é forte, divertido, desafiador. Não posso elogia-lo com frequência, pois é muito convencido. Envolvida por seus braços fortes, me sinto imensamente protegida. E ele insiste em fazer isso... Proteger-me. Ele sempre está lá, e nunca me deixa só. Tudo sobre ele me encoraja, e sei que ele é a minha força, pois meu corpo fortalece-se em sua presença. Talvez um dia volte a escrever sobre ele, mas a verdade é que... O que sinto em relação à ele, é quase impossível de ser descrito em palavras. “...Não importa o que, eu te protejo Levaria um tiro por você, se fosse preciso Juro por Deus que, no final de tudo Nós vamos ser os últimos remanescentes Nós nunca iremos cair ... Nós nunca vamos sumir Não importa o que até o final de tudo Seremos os os últimos a ficar de pé.” No matter What – Papa Roach
- Capítulo Quatro:
Maldito assassino arrogante, insensível e muito, muito egoísta. Sim, estou a falar do meu grande amigo, Kail Zephyrus. Apesar de todos os seus defeitos, sei que tem um bom coração e uma das coisas que muito me agrada, é irritá-lo. Infelizmente, ele tem o mesmo pensamento quando à mim e às vezes tenho vontade de matá-lo... Principalmente quando faz questão de lembrar minha altura um tanto quanto... Desvantajosa. Como o conheci? Por acaso. Kail ingressou na Sakurai High School na mesma turma que eu, porém, isto não foi o que fez com que nos aproximássemos. Lembro-me muito bem da primeira vez em que senti-me preocupada com ele. Eu acompanhei o Miku em uma busca distinta na cidade, a procurar pelo Kail, a temer que algo lhe tivesse acontecido... E então, o encontramos, quase sem vida nos desportos radicais, apesar de ainda não ter descoberto quem lhe fez mal. Senti que ele precisava de ajuda, e desejei muito poder ajudá-lo, apesar de ele ser uma pessoa complicada de se lidar. Sua confiança foi algo difícil de obter, mas me orgulho de o tê-lo conseguido. No início, era sanguinário e insensível, e me recuso a pensar em quantas pessoas matou. Ele tem o dom de meter-se em problemas, mas agora, geralmente faz isso para proteger as pessoas que lhe são importantes, principalmente seu irmão gêmeo, Sage. Kail também é muito importante para o meu noivo, Miku. Acredito que os dois possuam uma espécie de ligação, pois ambos sempre tiveram dificuldade em confiar nas pessoas, e isto contribuiu para que, de uma forma distinta que não sei explicar, - e nem preciso – formasse esse laço inquebrável entre os dois. Isto ajuda-me com que me sinta mais segura, pois sei que Kail sempre me ajudará a proteger o Miku. Estão sempre defendendo, protegendo e tentando compreender um ao outro, e isto, cá entre nós, é muito fofinho. Kail às vezes é estúpido e previsível, principalmente quando tenta esconder seus sentimentos. Mal ele sabe que com o passar do tempo, aprendi a decifrá-lo pelo olhar. Apesar de ter plena consciência de que há muita coisa que não sei sobre ele, sobre seu passado, sua família... Mas não tentarei descobrir, esperarei pelo dia em que ele confie em mim o suficiente para contar. Posso dizer que ele, assim como o Miku, é uma pessoa muito convencida e não se pode elogiá-lo. Nunca, jamais, cometa o erro de desafiá-lo para algo físico... Ele também é um mau perdedor, assim como eu. Mas gosto do seu jeito confiante, insistente e teimoso... Isto fará com que sempre chegue longe e tenho certeza de que ainda surpreenderá muita gente. Confiar em poucas pessoas é para os fortes. Não digo que ele soube lidar bem com isso até algum tempo atrás, mas está melhorando... E para o que precisar, tem pessoas que lhe apoiam... Seu irmão, amigos e sua namorada Tomoyo. Sim... Mal pude acreditar quando descobri que aquele maldito arranjou uma namorada... Mas fiquei imensamente feliz por ele, e também, será muito bom que ele tenha alguém sempre por perto que monitore suas atitudes impulsivas e às vezes irracionais. Enfim, resumirei o Kail Zephyrus em uma linha: Assassino, egoísta, insensível, idiota, irritante, protetor e muito fiel... O meu melhor amigo.
- Capítulo Cinco:
Jasper... Apesar de estar com ele quase todos os dias, sinto-me estranha e um pouco confusa ao falar dele. Posso dizer que entendo perfeitamente sua personalidade e sei de alguns de seus... Sentimentos. Porém, sobre quem ele realmente é, não posso dizer... Sei apenas seu primeiro nome. É um Zodíac, representa o Carneiro... E eu, sou sua sucessora e devo substituí-lo assim que a morte... O levar. Sinceramente, espero que este dia demore a chegar... Ainda não estou suficientemente preparada e confesso que sua morte me abalaria significativamente. Não que meu coração tenha começado a nutrir algum sentimento forte sobre ele, mas, como havia dito antes... Estou confusa sobre o que pensar e além do mais, toda esta história está confusa e acho que devo voltar para o início. No início, eu o odiei. Nutri por si um intenso ódio, justamente por ele ter ameaçado a pessoa que eu mais amo por seus objetivos pessoais. No início, eu estive confusa também. Mas não sobre o que sentia, e sim sobre o que exatamente ele era e em quem eu devia acreditar: Nele, que eu não conhecia, ou no antigo namorado louco de minha melhor amiga que fez com que todas as pessoas importantes pra mim sofressem. Então, foi no meio da batalha que eu escolhi meu lado. Se escolhi certo ou errado, não sei dizer, mas por tudo que vivi, não posso estar ficando louca ao escolher ficar ao lado deles... Daqueles que eu nem ao menos conhecia os objetivos. Mas minha vida foi salva por um deles em um momento de completa inutilidade minha... Devo-lhes muito. A vida deles pela minha, mesmo que não me conhecessem. Estava cansada de ser fraca. Estava cansada de não poder proteger as pessoas que amo. Estava cansada de deixar com que outras pessoas fossem machucadas para que eu ficasse bem. Então, surgiu daí uma ideia... Que mudaria completamente a minha vida. Eles tinham tudo de que eu precisava: Força, agilidade, precisão, coragem e... Determinação. Eu não podia pensar em nada melhor para tornar-me forte do que pedir ajuda a eles. Tive de fazer isto às escondidas, pois o Miku jamais concordaria, e não me orgulho disto... Mas era o certo a ser feito. Então, eu o procurei pela cidade, e inesperadamente, parecia que ele sabia que eu estava por lá a procurá-lo. Ele pareceu meio incerto no começo, talvez em dúvida de que eu estivesse falando sério ou estivesse ficando louca. Saiu deixando-me à espera e voltou logo em seguida querendo levar-me para algum lugar. Hesitei, mas acabei por segui-lo. Fui parar na sede dos Zodíac, frente a frente com o seu líder. E aí então surgiria mais uma decisão difícil: Para ser treinada por Jasper, eu devia assumir seu lugar representando o carneiro a partir do momento em que ele morresse. Confesso que senti medo. Mas não podia recusar. Eu nunca recusava um desafio, ainda mais se o desafio é proteger as pessoas que amo. Eu aceitei, e a partir dali minha vida mudou drasticamente. Mas descobri um talento: A boa pontaria. Então, os treinos começaram. Foi difícil conciliar tudo no início, e o que mais doía não eram os meus músculos após cada treino cansativo, era ter de esconder do Miku tudo o que acontecia. Jasper era aparentemente rude, mas por dentro, possuía um bom coração e eu percebi que se importava comigo e também, que não estava lá no final de cada dia apenas pela obrigação de treinar-me, estava porque gostava de estar lá. Meu afeto por si foi crescendo, mas por outro lado, a desconfiança do Miku também... E o dia de ter que apresentá-los, chegou. Eu sabia que o Miku tinha ciúmes e não o culpava por isto, mas estava preparada para uma reação ruim... Não preparada para a reação que teve. Após apenas vê-lo e depois de poucas palavras, Miku saiu de lá com uma expressão vazia e eu me senti confusa. Fui atrás dele, e então descobri que ele tinha medo de perder-me e sentiu-se inferior, o que acabou por deixar-me ainda mais confusa, pois o Miku não tinha medo de nada, e sua auto-confiança era admirável e não imaginei que pudesse abalar-se de tal maneira. “Ambos gostamos da mesma mulher” Jasper disse como se fosse algo natural, e eu quase caí de joelhos. Seria estranho para mim olhá-lo da mesma maneira nos treinos, ainda mais não querendo de forma alguma machucá-lo. Mas por outro lado, não podia também machucar o Miku ou deixá-lo duvidar de que minha escolha era e sempre será ele. Retornei aos treinos, mas sentia que precisava conversar para entender como conseguia amar-me sendo que tinha muito mais motivos para odiar-me. Seu melhor amigo morreu para que eu fosse salva, eu fazia com que perdesse seu tempo dia após dia a treinar-me sem ter a certeza de que funcionaria... E eu, não podia retribuir o que ele sentia por mim. Mas ele... Simplesmente sorria como se não fosse nada. E eu tive que me acostumar com isto. Descobri que sua intriga com o Miku ia muito além de mim, e que eram definitivamente parecidos porque conviveram juntos por algum tempo... Embora eu não quis me meter demais no passado deles e mexer em feridas que estavam cicatrizando. Os treinos seguiram desde então, e eu pode conhecer melhor os outros membros da Zodíac, alguns eram loucos, outros gentis e alguns também fortes e inexpressivos... Mas nenhum era como o Jasper. Talvez tenha me identificado tanto com ele pelo signo e por nossa personalidade ser um pouco parecida. Mas o fato é que, apesar de não saber o que exatamente sinto por ele... Me machuca pensar que sua vida está em risco e que pode morrer a qualquer momento. Espero que o Miku não leia este diário, apesar de saber disto... Mas a verdade é que, Jasper tornou-se importante demais em minha vida. Importante a ponto de não poder nem ao menos pensar em sua morte. Jasper talvez seja a pessoa por quem tivesse me apaixonado em outra vida, que surgiu repentinamente agora para abalar-me. Sinto-me protegida quando estou à seu lado, e não consigo imaginar como é estar perto da pessoa que amamos e não poder nem ao menos... Tocá-la. Admiro-o pelo respeito que tem por mim e pelo Miku, e sua coragem ao admitir, que mesmo que quisesse, não poderia roubar o lugar em meu coração que já pertence ao meu noivo. Gosto de observá-lo e estar com ele, mas não sei descrever que tipo de carinho possui em meu coração. Independente de minhas dúvidas e escolhas, gostei de tê-lo conhecido e não posso reclamar da vida que levo agora. Sinto-me mais forte porque ele acreditou em mim e não deixa-me desistir...Mas sei que o dia de sua partida chegará, e também sei que terei de fazer mais escolhas difíceis em breve. Mas quem sabe em outra vida. Quem sabe em outros caminhos. Quem sabe algum dia, Jasper receba todo o amor que merece.
- Capítulo Único:
Admito que dormir no meio de um corredor escolar não é lá algo muito inteligente...Mas o que posso dizer, se ele dorme em todos os lugares? Acho que não posso culpá-lo, afinal, ele é um neko e nekos têm muito sono. Além de serem fofinhos, carinhosos e meio... medrosos. Mas foi assim que o conheci, dormindo no telhado. Se não fosse minha percepção eficaz teria tropeçado naquele monte estirado em meio ao local... E confesso que deveria ter optado por isso do que acordá-lo amigavelmente e ser respondida com mau-humor, maldito seja. Miku Siki Bute, o rapaz mais preguiçoso que já tive o prazer de conhecer. Na verdade, achei-o estranho desde a primeira vez que conversamos. Estranho e extremamente... Sexy. Desde pequenina tive queda por ruivos e fazer o quê, se sou uma tarada sem cura? Ele tinha diversas peculiaridades que me instigaram e fizeram com que me aproximasse dele cada vez mais. Tornamo-nos grandes companheiros e aos poucos fui desvendando seus segredos. No início, ele parecia não querer confiar em ninguém, mas não pude pressioná-lo, pois tinha meus próprios problemas a resolver. E se não conseguia nem ao menos dar conta disto, como poderia eu ajudar alguém? Mas Miku, aquele rapaz preguiçoso, acreditou em mim e não acusou-me de ter enlouquecido em momento algum. Confesso que fiquei um tanto quanto obcecada por vingança desde que meu irmão, Gabriel, desapareceu. Eu tinha a certeza que era armação de meu maldito tio Victor, tudo pelo dinheiro de meus pais, mas não pude provar. Miku cuidou das feridas e preencheu o vazio em meu coração. Transformou-me em uma neko, assim como ele... Mas somente porque eu queria, em momento algum obrigou-me à alguma coisa. Miku motivou-me, me deu forças para continuar e ajudou-me a carregar o peso da raiva, tristeza e solidão que tive que suportar sozinha ao longo dos anos. Confesso que minha mente criava ideias loucas e já havia pensado milhares de vezes em como seria a morte de Victor... Lenta, e torturante. Mas Miku, também colocou meus pés no chão, e saber que eu tinha alguém do meu lado, fazia as coisas parecerem mais fáceis de se resolver com dignidade. Eu sou Katherine Evangeline Earnshaw, não uma louca obcecada e vingativa. E foi ele, quem abriu meus olhos. Com sua ajuda, o jogo virou ao meu favor, e finalmente pude reencontrar meu amado irmão, Gabbe. Apesar de não sair como esperado e ele não poder ficar, Miku pareceu entender o jogo e garantiu que eu ficaria segura, que o que Gabbe estava fazendo era por mim e que sim, ele iria voltar... Eu só precisaria esperar. E no reencontro com meu irmão, conheci o lado ciumento e competitivo de meu doce neko e também de meu irmão. E confesso: AQUILO FOI REALMENTE FOFINHO. Senti-me imensamente feliz por tê-los ao meu lado, mesmo sabendo que não duraria por muito tempo, afinal... Não tardou e Gabbe teve que partir, outra vez. Mas eu já não sentia tanto medo. E devia tudo, à ele. Foi então que me dei conta, de que era ao lado dele que queria passar o resto de meus dias. Protegendo-o, ajudando-o, e fazendo tudo o que pudesse para retribuir tudo o que fez por mim. Posso assegurar que amo-o com todas as minhas forças e é com ele que quero ter gatinhos. E não importo-me que ele durma no chão em todo lado... Amo-o do jeito que é. Miku... Obrigada, por tudo.
- Capítulo Único:
Meu nome é Katherine e... Tive de comprar este diário para fazer certas confissões que não tenho coragem de falar em público. São pensamentos que têm atormentado minha cabeça e me deixado um tanto confusa. O pior, é que todos estes pensamentos tem relação com a aparição de uma pessoa... O nome dele é Draco e ele é um tolo. Certo dia, estive na montanha para distrair-me, mas fui atacada por um vampiro. Confesso que não gosto de admitir isso, mas ele era forte demais para mim. Foi aí então, que Draco apareceu, junto com seu exibicionismo e ego malditos. Mas se não fosse ele salvar minha vida, talvez hoje já nem estivesse mais aqui. Não me lembro de tê-lo agradecido, mas acho que não faz diferença. E além do mais, não o agradeci, pois estava ocupada demais com a sensação de seus lábios nos meus. Sim, aquele maldito caçador teve a audácia de beijar-me em nosso primeiro encontro. Não faço ideia de porquê fez isso, mas adicionarei essa questão à lista de perguntas frequentes que atormentam meus pensamentos. O problema, é que eu gostei daquela sensação, e desde então vivo ansiando por sua presença, de um jeito que nunca me senti antes. Por mais que me irritar seja um de seus passatempos favoritos, no fundo, eu não me importava... Mas eu não poderia deixa-lo perceber o quanto precisava dele. Draco desafiava-me e irritava-me de todas as formas que podia quando passou a me seguir. Embora eu ficasse realmente irritada por um momento, no fundo eu era grata por sua companhia e pela paciência de continuar ao meu lado. Tornei-me uma caçadora para ajudá-lo na missão de reconstruir sua família... Mas não daquele jeito, é claro. Tudo se tratava de uma competição entre equipes, que participaríamos. Para isso, eu precisava estar preparada, então ele se dispôs a ser meu treinador. Todos os dias nos encontrávamos para treinar e aqui posso confessar que aquilo passou a animar os meus dias. Ele tornou-se o combustível que me movia e quando estava longe eu sentia minha energia esvair-se de meu corpo. Sua presença tornou-se minha distração e fez com que eu me sentisse viva de uma forma que eu não me sentia há anos. Não sei quando e nem como, mas quando percebi já estava apaixonada por ele... Acontece que isso era outro segredo meu, que eu não pretendia contar-lhe, já que após tudo isso ele iria embora e eu teria que lidar com isso sozinha. Eu não precisava que ele fizesse com que eu me sentisse patética, vulnerável e ainda mais fraca. Os dias passaram mais rápido do que eu pudesse notar e a véspera do dia em que se iniciariam as competições, chegou. Não sei definir a raiva e frustração que senti se apossar de meu corpo ao pensar que em alguns dias tudo aquilo terminaria. Eu tinha dado o meu melhor, tinha sacrificado meu tempo para ajudá-lo e por quê? Ele iria embora e me deixaria para trás! Cogitei a ideia de fracassar propositalmente só para fazê-lo perder, uma tentativa desesperada de mantê-lo por perto para que pudéssemos tentar outra vez. Mas o meu orgulho não me permitiria. Ele jamais me daria ao luxo de fracassar na frente de Draco, mas por outro lado, também não me deixava dizer o que eu pensava. E em todas as vezes que estávamos sozinhos, eu sentia as palavras arranharem a minha garganta enquanto eu não tinha coragem de proferi-las. Nosso tempo juntos foi diminuindo e eu voltei a me sentir sozinha, e perdida. Por mais que negasse, eu precisava dele. Draco era mais do que apenas a minha diversão, ele tinha se tornado a chama que aquecia o meu coração frio. Sempre que eu tentava me aproximar, me via perdida em uma batalha interior contra mim mesma. E então, o dia das competições chegou e modéstia à parte, nos saímos muito bem. Tive um bom desempenho nas provas que participei e me senti imensamente feliz por não tê-lo decepcionado... Ainda mais por ele ter demonstrado que tinha orgulho de mim. Quanto à ele? Bem, ele se tornou o campeão e conquistou o seu sonho. Estava feliz por ele, mas ao mesmo tempo triste por nós. Adiei o máximo possível nossa despedida, pois meu coração queria gritar o quanto desejava que ele não fosse. Então, quando ele finalmente veio se despedir, eu senti meu coração despedaçar-se. Será possível que eu não significasse nada pra ele? Ou será que seu orgulho era ainda maior que o meu, e também o impedia de dizer? Não sei de onde tirei forças para dizer que queria que ele ficasse, mas acredito que tenha sido do impacto que a palavra “adeus” causou dentro de mim quando foi proferida por sua voz. Aquele maldito tolo ainda me fez explicar o porquê, fez-me confessar que estava apaixonada, se não bastasse! Mas após minha confissão, ele sorriu e eu tive a certeza de que ele sentia o mesmo quando seus lábios tocaram os meus. Por ironia do destino, momentos depois foi minha vez de salvá-lo e eu não hesitei em retribuir o que ele havia feito por mim. Já não importava mais se ele fosse ou ficasse... Pois eu iria com ele onde quer que ele fosse.
- Capítulo Único:
Algo em sua expressão me dizia que eu devia me aproximar, mas que não seria fácil. Eu havia passado boa parte da minha vida tentando desvendar as pessoas, mas nenhuma tinha me desafiado daquela maneira. De alguma forma, eu queria ajudá-lo com o que quer que fosse. Mas infelizmente, Klain parecia não querer ser ajudado. E ao contrário do que devem estar a pensar, isso serviu de combustível para que eu não desistisse. Eu já havia conhecido tantas pessoas, que tinha a certeza de que as que mais negavam, eram as que mais precisavam de alguém. Ele possuía um olhar sério e por mais que tentasse ser inexpressivo, eu podia notar pontadas de sentimentos em seus olhos... Como pequenos lampejos de luz na escuridão que ele tentava criar. Eu apenas não sabia dizer exatamente que tipo de sentimentos eram aqueles, mas estava certa de que poderia descobrir. Fiz disto o meu desafio pessoal. Eu queria desafiá-lo, enfrentá-lo, fazer com que ele entrasse em meu jogo sem perceber. Passei a segui-lo para tentar descobrir mais, embora isso não fosse algo que o agradasse. Sempre que ele ficava irritado, eu sorria em resposta, piorando a situação. Sempre que ele tentava encerrar o assunto, eu fazia mais e mais perguntas para tirá-lo do sério. Aos poucos fui criando por si um carinho diferente... Como se quisesse desvendá-lo não só por minha satisfação pessoal, mas também para curar o seu coração que após algum tempo, descobri estar ferido. Então, me dei conta de que estava sendo egoísta e que Klain não era como as outras pessoas. Eu não podia tratá-lo como um desafio. Não podia porque ele era diferente, era especial... E por sorte descobri isso antes de feri-lo ainda mais. Ainda que ele mandasse-me embora ou tentasse me afastar de todas as formas possíveis, eu não podia abandoná-lo. Não podia, pois estava apaixonada. E mesmo sabendo disso, ele continuava a tentar afastar-me. Aquilo me cortava o coração como uma navalha, mas eu havia prometido à mim mesma que não desistiria. Embora seu medo fosse distinto à mim, eu sabia que algo tinha acontecido em algum relacionamento seu, por ele tanto me evitar como uma tentativa desesperada de evitar se apaixonar ou se envolver outra vez. Descobri que seu problema era com a antiga mulher que amava com todo o coração, e também com o próprio irmão. Klain fora enganado e traído friamente e após descobrir isto eu conseguir compreender seu receio em abrir o coração outra vez. Mas não importava o quanto eu me esforçasse para curar seu coração, não importava o quanto eu tentasse deixar claro que ele podia confiar em mim... Ele estava determinado em não confiar, como se estivesse cego. Até que um dia eu percebi, que talvez nós dois precisássemos de tempo. Tudo aquilo estava acabando comigo, eu estava destruindo meu próprio coração para curar o dele e mesmo assim não tinha resultados. Por isso, decidi me afastar de tudo por algum tempo. Renovar minhas forças... Renascer. Recuperar minhas energias pra conseguir continuar lutando. Cada minuto longe em que eu pensava nele, meu coração despedaçava-se pelo simples fato de imaginar que ele tinha que suportar sua dor sozinho. Mas graças à esse tempo, eu aprendi a ver melhor as coisas. Analisei meus erros, suas atitudes e quando voltei, já sabia o que fazer. Certo dia, no shopping, logo após ter voltado... Nos reencontramos. Ele parecia surpreso com o fato de eu ter retornado, e eu sabia exatamente porquê. Klain esperava que eu desistisse dele, como todas as outras pessoas. Mas não, eu não era como as outras pessoas. Naquele mesmo dia, conheci seu irmão... A pessoa que destruiu sua vida. Yuki pareceu surpreso ao ver o Klain ao lado de alguém e o porquê disto era outra resposta que eu não tinha. Teria descoberto se não fosse pelo Klain ter impedido que seu irmão me contasse, pois mesmo depois de tudo, ele não acreditava em minhas palavras. E então, pela primeira vez, senti-me sem esperanças, como se ao invés de avançar, estivesse dando passos para trás. Eu queria deixá-lo sozinho, queria fazer com que ele percebesse o que estava fazendo, por isso, pela primeira vez, lhe virei as costas. Mas seu irmão veio atrás de mim, mostrou-se arrependido e me indicou um caminho diferente para encontrar as respostas que eu procurava. Deixou comigo um papel para que eu levasse ao hospital e mostrasse à algum médico. Ainda que tivesse tudo à meu favor, não consegui conhecer a verdade por detrás de seu passado. Voltei a procurá-lo, mostrando-lhe a folha... Mas aquilo pareceu cutucar uma ferida há muito tempo escondida, e eu finalmente me dei conta de que ao invés de ajudá-lo, estava piorando sua situação. Seja lá o que tenha acontecido à ele, era algo que ele preferia manter trancado dentro de si, como uma lembrança esquecida, uma foto borrada. Eu não me importava mais se tivesse que esperar pelo dia que ele quisesse falar sobre isso... Apenas queria estar ao lado dele quando este dia chegasse. Não podia deixá-lo sozinho, ainda mais depois de ele ter mostrado que também nutria algum sentimento por mim. Confesso que ao descobrir isso, quase não pude conter a alegria e o alívio em meu coração. Como se aquela felicidade imediata compensasse toda a agonia e falta de ar que tive pelos momentos em que sofri tentando alcançá-lo. Portanto, acho que posso dizer que finalmente concluí minha última análise sobre as pessoas... E fui bem sucedida. Encontrei o amor e ele pra mim sempre será como um jardim repleto de flores, do qual terei que cuidar e regar sempre para que não enfraqueça e morra. Se algum dia descobrir o que exatamente causou a dor do Klain... Não vou contar à vocês. Será um segredo somente nosso.
- Capítulo um:
Domingo, 14 de setembro“Esta noite, minha irmã outra vez foi para o hospital... Por insuficiência cardíaca. E justo nesta noite, eu estava em casa... E senti vontade de gritar ao presenciar aquela cena. Aqueles médicos eram assim tão incompetentes? A quanto tempo ela está na fila aguardando um transplante? É impossível não haver um coração compatível no mundo todo! Ela também não facilita as coisas. Vive querendo mostrar que não é doente e que é capaz de fazer as mesmas coisas que alguém com a saúde intacta... Mas ela não é! Tola. Eu já havia prometido à mim mesma que não me importaria mais, no entanto, continuo inutilmente me importando com ela, a causa dos meus problemas. Por mais que tentasse, não conseguia tirar essa inútil preocupação de minha cabeça, então tive que correr para o meu refúgio: A adrenalina. Quando a sinto correr pelas minhas veias, é como se o mundo ao meu redor desaparecesse. O medo toma o lugar da preocupação, e a dor física ameniza a psicológica.
Mas foi um dia infeliz para saltar de uma arvore na floresta.
Maldito dia em que aquele maldito ruivo egocêntrico resolveu aparecer e perturbar a minha paz.
Apesar da floresta ser imensa, o seu ego preenchia o lugar, chegando quase a ser sufocante. Com a loirinha a correr atrás de si, ele parecia o rei dos garotos ignorantes e superficiais. Se não bastasse, ele a tratou como se fosse um pedaço de lixo, e não, eu não podia concordar com aquilo.
E isso me fez cometer mais vez um de meus famosos erros: O impulso.
Queria mostrar à ele o quanto era idiota e insignificante, mas ele parecia ter a opinião formada de que era bom demais para qualquer uma, com sua estima mais alta do que o céu. Idiota. Após alguns minutos em sua presença, eu tive a certeza de que era inútil tentar discutir consigo... Então resolvi deixá-lo só, dando espaço para o seu ego.
Mal eu deixei de um problema, apareceu-me outro... Minha irmã, outra vez.
O que raios ela estava fazendo fora do hospital? Ela tinha tido um ataque na mesma noite, devia estar de repouso! Não sei como pode ser tão ingênua...
Todos querem esconder-lhe a verdade, a gravidade de seu problema. Mas eu não posso fazer isto, e por ser realista, a malvada parece ser eu... Sempre. Sei que minhas palavras outra vez a magoaram, mas aquilo precisava ser dito. . E quanto à isso, não há o que dizer... Estou habituada a ser vista como um monstro insensível e sem coração.
Idiotas! Eu realmente não devia me importar!
Mas me importo, mal sabem eles o quanto me importo.
Sinto meus olhos queimarem com a mágoa, mas esta noite vou mantê-la aqui trancada, por mais um dia... Quem sabe amanhã, minha noite termine melhor. “
CONTINUAÇÃO ABAIXO, NO SEGUNDO POST e.e
Última edição por Kath~ em Ter Jul 01, 2014 10:49 am, editado 18 vez(es) |
| | | Convidado Convidado
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Ter Abr 15, 2014 12:53 am | |
| CONTINUAÇÃO- Capítulo Dois:
Segunda, 15 de setembro “No início, pensei que estivesse tendo alucinações. Talvez, o sol em meus olhos criasse aquele tipo de imagem distorcida. Mas ao focar novamente minha visão, me dei conta de que não era uma simples alucinação. Ele sorria para mim docemente, como se eu fosse algum motivo para alegria. Mas confesso que, o que mais me surpreendeu, foram suas palavras. Em poucas frases, ele conseguiu me deixar encantada e sem jeito, de uma maneira que há muito tempo não me sentia. Quase pude sentir-me especial. Seu nome é Alvaro, e ele é uma das pessoas mais incríveis que já tive a sorte de conhecer. Passamos poucas horas juntos hoje, mas foi o suficiente para fazer com que eu me sentisse feliz por estar com ele e para que eu quisesse vê-lo muitas outras vezes. Ele era atencioso, carinhoso, alegre e me ouvia como se não se importasse com os meus problemas, muito pelo contrário... Ele defendia-me e eu não conseguia entender o porquê. Ele tratou-me como se eu fosse uma flor, frágil o suficiente para ser destruída com uma simples palavra errada. Talvez por isso eu tenha me sentido muito especial hoje... Mesmo que infelizmente ele tenha ido embora rápido demais. Ele era completamente o oposto do Mike, aquele maldito maníaco sexual que não aceita ouvir um “não”! Egocêntrico, arrogante, egoísta e retardado. Ainda sinto o toque de suas mãos em meu corpo, e isso me deixa com raiva o bastante para querer dilacerá-lo! Beijou-me para tentar provar que pode ter a mulher que quiser... Ah, como ele está enganado! Tolo, idiota. E por falar em tolos e idiotas, ainda há o rapaz da rua escura, que acha-se o salvador da pátria. Só porque teve que sacrificar os princípios pela família, acha que é superior à mim e que pode julgar a pessoa que sou. O que sabe ele sobre mim? Nada! Eu não quis julgá-los também, juro que não quis. Tenho o péssimo hábito de dizer as coisas da maneira errada, e foi isto que fiz outra vez... Mas meu orgulho outra vez não me permitiu consertar os meus erros. Então, ouvi coisas que já estava acostumada a ouvir, mas que toda vez partiam o meu coração. Mas era tudo culpa minha, e eu sabia disso. A frustração tomava conta de mim, junto com a raiva. Eu sabia que eles estavam certos, todos eles... Mas não podia admitir. Não podia jogar por água à baixo tudo o que havia construído. Então, apenas deixei a irritação fluir por minhas veias novamente, substituindo a dor psicológica pela física como sempre fazia. O que eu não esperava, era da força de meus atos. Abri um buraco na parede, machucando minhas mãos. O sangue escorreu por minha pele e pareceu fazer com que eu despertasse. O que raios eu havia feito? Então, eu corri, para o mais longe possível. Para longe da dor, para longe da raiva, para longe daquelas palavras que me traíam. Fiz novamente o que sempre fazia... Fugir dos problemas.”
- Capítulo Três:
Terça, 16 de Setembro “Acho que estou em êxtase. Mais do que nunca preciso escrever, pois isso é algo sobre o que não posso falar com as outras pessoas... Eu, Katherine Will Visceryn, tenho uma alma mitológica. Sim, sou uma reencarnação! A reencarnação de Medeia, para ser mais exata. Embora ela tenha sido extremamente cruel, assassinando até mesmo os próprios filhos por vingança, eu não acho que sua personalidade tenha assim tanta influência na minha. Eu também sou uma heroína, protejo o Monte Olimpo e a cidade... Quem diria, eu... Uma heroína! Jamais pensei que isso fosse possível, mas não posso negar que essa minha nova vida me deixa animada. Eu tenho o corpo mais resistente do que as pessoas normais, e isso explica muita coisa. Tenho mais agilidade... E até posso usar uma arma. Não que isso me assuste, mas é um passo realmente grande. Também é a chance perfeita para tornar-me mais forte e capaz de tudo. Isto vai afastar os meus outros problemas, e também vou provar a aquele maldito gorila arrogante do que sou capaz. Ah, esqueci-me de mencionar que ele também é uma reencarnação, e um herói. E pensar que ele ainda vivia a gabar-se pela sua força... Idiota. Se não fosse um herói, seria mais fraco do que eu. Hoje, ele quase viu as minhas costas, mas eu não darei a ele esse gostinho, de saber tudo sobre a minha vida. Toda vez que ele começa a passar-se, a provocar-me, tenho uma vontade incansável de soca-lo... E é isso que sempre tento fazer. Acho que agora que vamos nos ver todos os dias, um de nós ainda acaba morto. Se eu tiver sorte, ele morre de câncer e me poupa trabalho. Tolo, fica fazendo-se de superior e inatingível, mas mal ele sabe que eu percebi o seu ciúme hoje... E não posso negar que gostei disso. Talvez eu investigue isso mais a fundo amanhã. Por falar nisso, o dia amanhã vai ser curto comparado à quantidade de coisas que tenho a fazer. Tenho que ir às aulas, treinar, irritar o Mike e é claro... Preciso encontrar o Alvaro, embora ter de esconder dele tudo o que está acontecendo, faça com que eu me sinta uma idiota. Sei que ele vai entender, mas isso não faz com que eu me sinta melhor. Amanhã é um dia importante... E agora, mais do que nunca vou provar à todos do que sou capaz. Vou mostrar-lhes a minha força, mesmo que para isso tenha que esforçar-me ao limite todos os dias.”
- Capítulo Quatro:
Quarta-feira, 17 de Setembro“Tomei uma decisão importante hoje. Descobrir que sou uma heroína tornou mais acessível um de meus objetivos: tornar-me forte. Mesmo sendo mais forte comparada às pessoas normais, ainda sou fraca perto dos outros que são semelhantes à mim... E eu preciso mudar isso. As aulas normais, não são suficientes... Eu preciso de mais, muito mais.
Para isto, preciso de ajuda... E Fuyuki me deu uma luz. Pedir ajuda ao Dante parecia o mais racional à ser feito, pois pelo que sei, ele é professor e também aluno, tudo ao mesmo tempo... Além de ser respeitado, o que me faz concluir que ele deva ser muito forte.
Ele pareceu disposto a me ajudar, e senti uma gratificante sensação de alívio ao tirar este peso de minhas costas, quando dei o primeiro passo em direção à conclusão de meus objetivos. Mas tendo em consideração que Dante é alguém ocupado, precisaríamos de um treinador substituto para os dias em que ele não pudesse me ajudar.
E eu sabia exatamente à quem pedir ajuda, mas parecia loucura e humilhação demais.
Foi como uma balança. De um lado os meus sonhos, e de outro a humilhação e a raiva de ter que pedir ajuda logo ao Mike. Mas eu não sou assim tão orgulhosa, e meus sonhos ainda pesam mais que meu ego. Então, embora não soubesse exatamente como, fiz o que precisava ser feito, e fui pessoalmente até seu quarto, para lhe pedir ajuda.
Claro que o Mike agiu como... O Mike. Sinceramente, não sei como é que ele consegue ser tão irritante. Não sei se o erro foi meu por tê-lo dito “não” de uma maneira desafiadora, tornando-me a única mulher com audácia o suficiente para negá-lo frequentemente... Uma situação incomum para ele, pois posso apostar que ele sempre teve a mulher que queria.
Ele está sempre tentando encurralar-me em uma situação constrangedora. Aquele maldito gorila arrogante sabe exatamente como tirar-me do sério... Mas não, eu não vou deixa-lo brincar comigo. Mesmo que ele seja mais forte que eu, ele não vai ter controle nenhum sobre mim.
Controle nenhum... Idiota.
Bem, como eu já esperava, ele também exigiu que eu me humilhasse ainda mais para aceitar me ajudar... E foi então que percebi que não valia a pena. Ele estava confiante e convencido demais, eu precisava mostrar à ele que ele não era o único que podia fazer aquilo, então apenas disse-lhe a verdade, que arranjaria outro treinador substituto.
Mas essa verdade pareceu irritá-lo mais do que eu planejava, e não sei dizer exatamente o porque. Ele não gostou de ser apenas o substituto, não gostou de eu ter escolhido o Dante como meu treinador e ficou enfurecido por isso. Talvez fosse a sensação frustrante de eu considerar alguém mais apto do que ele para me ensinar, ou talvez ele tivesse alguma rixa antiga com o Dante, talvez raiva por não ser essencial ou quem sabe fosse outra vez uma pontada de... Ciúme.
Mas isso não pode ser possível, pode?
Enfim, seja lá o que tenha sido, o tirou fora de si com um ataque de raiva, e ele acabou me atirando porta à fora, literalmente. Não sei mensurar a raiva que senti, mas posso garantir que foi muito grande. Idiota, arrogante, convencido e irracional... Ele pensa que é o que? O centro do universo? Tolo! A vida é minha e eu faço o que quiser com ela, se ele não queria me ajudar, eu arrumaria alguém que quisesse.
O que não entendi, foi o seu regresso. Sim, ele voltou atrás de sua resposta e me deixou confusa sobre o porquê. Talvez ele sofra mesmo de retardos mentais ou bipolaridade, mas suas mudanças de humor estão acabando comigo.
E lá vamos nós à outra atitude que me deixou parva: Sua curiosidade era tão grande que para ver as minhas costas ele rasgou a minha camisola... INACREDITÁVEL E IRRACIONAL, como sempre. Agora que a situação passou e ele já não está me vendo, posso me dar ao luxo de corar. Idiota, até parece que minhas cicatrizes o surpreenderam... Como se ele se importasse. Deve ser só mais um ataque de curiosidade, e eu não vou contar-lhe nada.
Ainda sinto o calor de seus dedos na minha pele e não sei dizer porque. A única coisa que sei, é que passa, e daqui a alguns dias garanto que ele nem vai mais se lembrar disso... Tenho certeza, pela maneira como saiu de meu quarto.
Ele é tão diferente do Alvaro.
Alvaro... Não sei dizer o que sinto, mas ao pensar nele começo a sorrir até mesmo involuntariamente. Ele é sempre tão doce, gentil e carinhoso comigo... Às vezes nem mesmo sei o que dizer, pois ele deixa-me sem palavras. Ele também deixa-me em uma situação constrangedora, mas da maneira certa. Alvaro faz com que eu me sinta especial em meio à tantos elogios e também faz tudo parecer mais fácil.
Parece tão certo... Que às vezes sinto como se estivesse sendo injusta com ele. Sempre que o vejo, estou com problemas e acabo por compartilhar isso com ele, como se ele fosse meu apoio. Não acho que seja justo, ele merece que eu o deixe feliz como ele faz comigo... Não que eu sempre o traga problemas a resolver.
Ele chamou-me de “minha Katherine” hoje. Não sei mensurar também a minha alegria, mas estas palavras soaram muito bem vindas de sua boca. Aquilo me fez perceber, que talvez há certas coisas que devo fazer por ele, mas pensarei nisso amanhã.
Yang, minha companheira de quarto, já adormeceu novamente... E preciso fazer isto também. Talvez assim eu consiga afastar a lembrança do dia em que arranjei estas cicatrizes...”
- Capítulo Cinco:
Sexta-feira, 19 de Setembro"Minha cabeça está dando voltas e voltas, sem parar. Ontem não tive tempo de escrever, mas por outro lado, hoje há muito o que dizer embora eu não saiba exatamente como. Tudo em que eu acreditava, pareceu virar de pernas para o ar e eu ainda não consegui organizar meus pensamentos com clareza. Ontem, tive outra prova de que preciso melhorar muito, pois não consegui salvar o Alvaro sem a ajuda da Yang. Eu o havia levado a um de meus lugares prediletos, pois confiava nele e queria deixar-lhe feliz como ele sempre fazia comigo... Mas parece que no final acabei piorando ainda mais a situação com a minha tentativa frustrante de heroísmo. Ele deve ter tantas perguntas a fazer-me... E eu sinceramente não sei como responder. Alvaro era tudo quando eu me sentia uma nada. Ele havia se tornado a pessoa que alegrava meus dias e que fazia o peso das consequências de meus atos e escolhas parecerem mais leves. Ele vê algo especial em mim, não importa o que eu faça... E eu acho que serei eternamente grata por isso. Mas o destino é traiçoeiro comigo... E sempre tende a confundir as coisas. Tudo começou quando conheci a Tomoyo e nos tornamos amigas. Ele é filha de um militar e sei que é muito forte. Yang também juntou-se à nós e o assunto rolou até chegar novamente ao Alvaro. Tomoyo é amiga dele e aquela foi a primeira vez que ouvi alguém chamar-me por “a mulher do Alvaro”. Apesar de ficar feliz por um lado, por outro algo me deixava desconfortável. Talvez eu soubesse o porquê... E a Yang também. Em uma conversa maluca, as duas começaram a shippar-me com os dois, como se fossem dois lados de uma mesma moeda. Eu nunca havia pensado que fosse possível que eu e o Mike fossemos vistos como... Um casal. Sinceramente, não havia nem cogitado essa possibilidade. Eu e o Mike estávamos em constante guerra e ele precisava apenas de algumas palavras para irritar-me... E era isso que eu devia sentir, não era? Raiva... Mas de repente me vi frente à uma escolha que não podia fazer, e desde então minha mente tem se tornado um caos. E aquelas malditas tinham que piorar tudo convidando o Mike para ir conosco à cidade... Eu só queria poder fugir, mas elas não permitiam. Posso dizer que minha defesa contra ele é seu próprio veneno... Sempre tento irritá-lo para que talvez ele desista e vá embora, mas eu simplesmente não consegui fazer isso hoje... Eu não conseguia nem mesmo olhá-lo sem ficar constrangida após as palavras da Yang! Para procurar os bilhetes, nos separamos, e evidentemente me deixaram com o Mike. Foi no shopping que a confusão começou. Alvaro tinha que estar justo lá naquele momento...? Na hora pensei que o destino realmente fosse injusto, mas depois percebi que talvez não fosse mesmo assim e aquele encontro fosse tudo o que faltava para mandar pelos ares a minha consciência. Senti meus pensamentos entrarem em colapso com a confusão interna em que eu me encontrava. Eu não sabia o que havia acontecido entre eles, mas nenhum dos dois parecia realmente culpado ou injusto. Eu não sabia o que pensar... Não sabia o que dizer! Então, deixei meus pensamentos confusos fluírem e tomarem seus caminhos sozinhos. Me deixei levar pelo que pensava naquele momento e fui sincera com o Alvaro, mesmo tendo medo de magoá-lo de alguma forma. Seja lá o que tenha acontecido, parecia fazer com que ele se sentisse culpado. Seus olhar se tornou vazio e ele quis estar sozinho... Eu precisava respeitá-lo, afinal. Então, eu decidi que precisava ir atrás do Mike... E foi isso que fiz. Quando cheguei, ele tentou evitar-me de todas as maneiras e eu sabia que ele estava com raiva. Alvaro tinha razão quando disse que o magoou... Mas não é como se eu tivesse culpa. Por alguma razão, o meu subconsciente gritava para que eu permanecesse lá, mesmo que ele mandasse-me embora. Era talvez a única chance que eu tivesse para descobrir tudo. Não que eu tivesse muita esperança de que o Mike me contasse... Pois ele ainda era... O Mike. Mas por incrível que pareça, por entre lágrimas e muita raiva... Ele contou-me toda a verdade, fazendo com que minha mente entrasse em pane outra vez ao processar todas aquelas informações. Sem saber o que dizer mais uma vez... Eu só pude abraça-lo. Mike agarrou-se à mim como se naquele momento eu fosse tudo. Eu não lhe tirava o direito de estar magoado e com raiva... Mas eu também não conseguia culpar o Alvaro, pois apesar de tudo, eu ainda não achava que ele tinha culpa pelo que aconteceu. Mike pareceu extremamente magoado comigo, e pela segunda vez me chamaram de “mulher do Alvaro”. Aquelas palavras pareceram estranhas saindo de sua boca, carregadas de mágoa e ódio. Não entendi porque isso fazia diferença para ele... Ele odiava-me, não odiava? Ele queria fazer com que eu fosse embora, de qualquer maneira... Mas eu não fui. Não fui porque se não colocasse em ordem os meus sentimentos, acabaria enlouquecendo de verdade. Havia muita coisa que eu precisava decifrar e se eu fosse embora naquele momento, talvez nunca tivesse outra chance. Então, fiz a pergunta que não queria se calar em minha mente: Por que ele se importava que eu fosse a mulher do Alvaro? Ele não quis dizer, e acho que seu silêncio me deu uma dica sobre a resposta. Naquele momento, eu estava sem forças para evita-lo e afastá-lo. Então, deixei-me levar pelo momento e contei-lhe a verdade sobre o que estava sentindo naquele momento... Não havia porque mentir, se ele havia se abrido para mim e mudado completamente a imagem que eu tinha dele. Eu disse-lhe que todo o ódio que eu sentia por ele, juntamente com as promessas de nunca gostar de si... Não faziam sentido naquele momento. E era verdade, nada parecia fazer sentindo e as voltas que minha cabeça havia dado, tinham me deixado cansada demais para inventar uma desculpa. Eu QUERIA estar lá naquele momento e não queria afastá-lo, mesmo que ele tivesse encurralado-me contra a parede, como muitas vezes já havia feito. Sua proximidade não me assustava a ponto de eu querer fugir, e pela primeira vez, deixei-o atravessar as minhas defesas sem dizer um “não” se quer. Ele me tomou em seus braços possessivamente, sem que eu tivesse chance de contestar... Mas confesso que não queria mesmo. Quando sua boca finalmente foi selada à minha, me dei conta de que tanto ele quanto eu, estávamos deixando extravasar naquele beijo tudo o que sentíamos... Ódio, rancor, orgulho e desejo. Pergunto-me se o fato de eu ter entregado-me à ele pode ser considerado a minha escolha, e se sim, se fiz a escolha certa... Mas por agora, não quero pensar nas consequências e nem mesmo no que perdi, ou ganhei. Como nem tudo são flores, acabamos por brigar outra vez... Não sei qual a influência destes altos e baixos mas sinto-me vulnerável com isso. Como se a cada briga, meu coração fosse partido e isso sim é loucura. É loucura pois todo o ódio que eu sentia por ele foi convertido em algo que não sei dizer e tenho medo de mensurar.
O que diabos estás a fazer comigo... Mike?"
- Capítulo Seis:
Domingo, 4 de outubro"Eu definitivamente sei como acabar com a minha vida.
Quem pior do que eu, Katherine Will Visceryn, para fazer escolhas? Duvido muito que haja alguém. Essa minha obsessão por aventuras e histórias impossíveis está literalmente acabando comigo.
Estou cansada, irritada e com vontade de sobra de matar alguém.
Mais precisamente, quero matar o Mike. Não, torturá-lo é melhor... Eu devia cortar-lhe o Mikezão para que viva assim para o resto de sua vida. Qual é o problema dele? Acho que ele tem uma doença rara... Um tipo incomum de bipolaridade que não possui tratamento, não mesmo.
Ele está acabando comigo.
Mas como é que eu fui deixar-me levar pelo desejo que tinha por ele? Tenho vontade de suicidar-me! Fui a única que lhe disse não e para quê? Para depois terminar em sua cama? Ridículo! Mas as coisas vão mudar... Ah, se vão!
Ele não sentirá mais o gostinho da vitória. Não deixarei que ele se aproveite da influência que tem sobre mim. Não pode ser tão difícil, pode? No início eu o odiava, afinal... Posso muito bem voltar a fazer isso.
Não vou mais me dar o direito de falhar, de fraquejar ou de parecer vulnerável em sua frente. Esta noite, decidi jogar tudo para o ar de uma vez por todas. Gosto de mudanças e acho que são necessárias, mas se for para mudar, que seja completamente e radicalmente. Eu posso me superar todos os dias, afinal era isso que vinha fazendo até algum tempo atrás. Ah, Mike... Vou mostrá-lo o que está perdendo!
Eu sou diferente das outras, e o problema é todo dele se não consegue enxergar isso, imbecíl. Deve estar ocupado demais perdendo tempo com sua nova amiguinha, que por sinal está no meu quarto e me recuso a dormir sob o mesmo teto com ela. Como anfitriões, devemos ser bonzinhos e deixar que os alunos novos das outras escolas tomem conta de tudo que é nosso... QUE GRANDE IDIOTICE!
Infantil ou não, prefiro não cruzar com ela ou ele e vou fazer de tudo para evita-los. O que me conforta é não estar sozinha... Tenho a Tomoyo, a Yang e agora o Gabbe também, durante algum tempo.
E eu sei que o Mike ficou com ciúmes, aquele tolo nem sabe disfarçar nada. Acha que está ocultando as coisas, mas na verdade deixa-as ainda mais claras e evidentes... Que tentativa patética.
Ele não me quer mais? Quem disse que era ele quem fazia as escolhas? Por mim tudo bem, quero é ver suas reações todas as vezes em que eu der um motivo para se arrepender de ter dito todas aquelas coisas para mim. Se ele acha que me tem nas mãos e que volto para ele num estalar de dedos, está muito enganado.
Mike, és muito bom para humilhar as pessoas e jogar com elas... Mas estás preparado para não ser o centro das atenções? Pagarei para ver."
- Capítulo Sete:
Terça-feira, 6 de outubro "Há dias em que nossa cabeça está tão cheia que fica difícil organizar tudo direito. Hoje, sinto-me completamente incapaz de definir o que estou sentindo. Não digo isso em relação à outras pessoas, digo em relação à mim e só à mim. O que é que estou me tornando...? Olho para o espelho e já não me reconheço, enquanto um filme de minha vida passa em frente aos meus olhos. Sempre fui muito boa em esconder, ignorar, em esquecer dos problemas... Porque é que agora é tão difícil não me importar? Porque é tão difícil deixar pessoas e problemas de lado se nunca antes isso fez diferença pra mim? Eu queria só poder ser a Katherine de novo. Mas algo dentro de mim grita com medo de não conseguir. Queria não ter de pensar em consequências quando faço escolhas. Queria tornar-me forte mais rápido para provar à algumas pessoas do que sou capaz. Queria um coração frio que não estivesse apaixonado pelo Mike. Sim, apaixonado... Mas não posso deixar que ele saiba. Embora talvez eu não consiga esconder isso em minhas atitudes, mas posso trabalhar para aprender. O problema, é que nunca sei o que fazer quando ele está por perto. Não sei se devo bater-lhe, beijá-lo ou se o mato sufocado. Todos os dias estamos vivenciando uma situação diferente, e isso está me deixando louca... Mas aquele maldito parece gostar de tudo isso. Confesso que era mais fácil quando eu simplesmente o odiava, pois sempre que o via, queria espanca-lo... Não como agora, que mudo de opinião e desejo a cada minuto. Devo estar passando muito tempo com ele para isso ser reflexo seu, pois mudar de opinião mais rápido que eu... Só ele. Ontem ele confundiu-me ainda mais. Há dias em que ele está simplesmente insuportável e determinado em fazer com que eu fique com raiva. Mas por outro lado, há dias em que ele surpreende-me com pontos ocultos de sua história e personalidade. Eu tinha certeza de que ele não passava de um galanteador maldito... Mas nunca ter estado em uma relação? Nem mesmo havia cogitado essa possibilidade. Jurava que ele fosse uma espécie de colecionador de corações partidos de raparigas... Mas não é, e investigarei isso. Também tenho que descobrir que diabos ele sente, assim que possível. Pois primeiro preciso odiá-lo outra vez. E depois deseja-lo. Depois, quem sabe tentar afoga-lo na Caverna de Psicro... Não sei nem mesmo dizer o que raios nós somos, e sinto-me insegura assim. Acho que estamos muito longe de uma relação pura e saudável, como a Sirenna tanto precisava encontrar hoje. Sim... Amores puros, mas aparentemente não há nenhum em nossa escola... Ao menos por enquanto. Não sei o que se passou hoje, mas pelo vistos muitos casais estavam com problemas... E isso acabou afetando o pequeno Taemin significativamente. Ele ficou triste e doente, e talvez tenha chegado muito perto da morte. Até tentei ajuda-lo a encontrar amor, mas o que achamos não foi o suficiente. Ele precisava da ajuda de sua Deusa Afrodite, a Sirenna. Ela também estava afetada, mas não desistiu... Deu o seu sangue para salvar o seu especial. E conseguiu... Em algum lugar na cidade havia amor puro capaz de salvar vidas. Quem sabe em uma próxima vez, ela não precise ir até à cidade... Sei que nossa escola é perfeitamente capaz de sustentar um amor puro. Digo, a escola não... Mas sim seus alunos. Há alguns que precisam apenas de um olhar para transmitir pureza, como é o caso do Seth... Além dele, tenho certeza de que o Kyle também é capaz de fazer isso. Corações puros, capazes de sustentar um amor assim... Deve haver muitos por aí. Gostaria de estar inclusa nisso, mas acho que estou longe de o ser... Pois nem mesmo consigo defender minhas opiniões contra todos. Eu não queria denunciar o Leo para o Thomas... Jamais poderia fazer isso. Ele nunca seria capaz de fazer mal à alguém. Eu também não podia magoar o Alvaro mais uma vez, não tenho esse direito. Toda vez que o vejo, sinto meu coração ser perfurado por agulhas, e a consciência pesada faz os meus olhos arderem. Não entendia porque os Zaoldyeck queriam tanto mata-lo... Ele é tão angelical... Mas deve ser coisa de orgulho. Um orgulho arrogante e egoísta que recuso-me a partilhar ou ser cúmplice. Jamais serei como eles, e não me sinto mal por dizer isso. Não importa o quão forte sejam, não valem a pena. Foi mesmo bom que os deuses apareceram, para ferir o orgulho daqueles que não mereciam vencer. Mesmo que eu estivesse incluída nesse grupo. Acho que aquele confronto sem sentido foi o ápice da confusão em minha mente hoje, mesmo não tendo passado de uma brincadeira do diretor. Tenho de aprender a agir mais como eu mesma e reviver a coragem que vivia dentro de mim. Preciso parar de preocupar-me com tudo, e focar meus objetivos. Tenho que esvaziar minha mente, e para isso preciso de adrenalina. Talvez eu invente alguma coisa amanhã..."
*** A pedidos da maldita Tomoyo, estou postando novamente a minha primeira fic sobre minha primeira personagem de RPG, para terminá-la e relembrar. 8D Acho que a maioria participou do Amor Doce RPG, então suponho que não vão ficar muito perdidinhos. e.e De imediato, aí estão os três primeiros capítulos prontos, e estou finalizando o quarto, e o quinto. Espero que se sintam tão nostálgicos quanto eu e que eu ainda tenha prática para escrever... ._. Deixei o mesmo título, pois todas as minhas Katherines tem como herança a essência da primeira, Katherine Cipriano. Farei, com toda certeza, capítulos a respeito de minhas futuras katherines, mas tomarei a devida precaução para não deixá-los confusos entre uma personagem, e outra. Enfim, espero que gostem. ^^
Última edição por Kath~ em Sex Jul 25, 2014 9:24 pm, editado 15 vez(es) |
| | | Tomoyo Adm. Tomoyo
Mensagens : 273485 Data de inscrição : 09/07/2013 Idade : 26 Localização : Porto, Portugal
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Ter Abr 15, 2014 1:16 am | |
| Eu adoro esta fic e hoje tens dois capítulos para postar, por isso apressa-te e posta-los logo ò.ó | |
| | | Convidado Convidado
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Ter Abr 15, 2014 1:28 am | |
| Está bem maldita, capítulo quatro postado u.u |
| | | Tomoyo Adm. Tomoyo
Mensagens : 273485 Data de inscrição : 09/07/2013 Idade : 26 Localização : Porto, Portugal
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Ter Abr 15, 2014 1:34 am | |
| Own, este capítulo foi demasiado pequeno mas foi tão amoroso, adorei como o terminaste, fiquei mesmo "OWN QUE FOFOS!!!!" E sim, resumiste-o muito bem e.e Vá, ainda não estou satisfeita e.e mais... | |
| | | Convidado Convidado
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Ter Abr 15, 2014 1:54 am | |
| QUE BOM QUE GOSTASTE MALDITA 8D Tive medo de ter ficado simples demais e.e Estamos só nós aqui e me fazes ficar acordada até tarde a escrever. ù.ú |
| | | Tomoyo Adm. Tomoyo
Mensagens : 273485 Data de inscrição : 09/07/2013 Idade : 26 Localização : Porto, Portugal
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Ter Abr 15, 2014 2:01 am | |
| Olha... fiquei sem palavras... fizeste um excelente capítulo para o Jasper. A maneira como tentas mostrar o que ela sente e gostava de sentir por ele ficou magnifica. Vi-me na pele dela e senti o que ela sentiu, vi-me perante as dúvidas dela e por momentos vi-me sem saber o que escolheria se no início, muito antes de conhecer o Miku, se ambos aparecessem ao mesmo tempo, qual seria a escolha. Eu pelo que li percebi que ela pensava nisso apesar de não estar lá escrito. Continua o mais rápido possível por favor <3 | |
| | | Convidado Convidado
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Ter Abr 15, 2014 2:05 am | |
| Obrigada maldita... Fico muito feliz que tenha gostado desse jeito. As dúvidas foram a parte difícil pois tive medo de não conseguir retratar bem o que ela sentia, pois é difícil descrever e faz tanto tempo... e.e Mas ainda bem que consegui o/ Os próximos escreverei assim que possível ^^ |
| | | Takeru Adm. Takeru
Mensagens : 263138 Data de inscrição : 09/07/2013 Idade : 28 Localização : Junto dos pinguins 8D
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Ter Abr 15, 2014 9:27 pm | |
| Gostei muito maldita 8D A forma como escreves e descreves é mesmo excelente <3 Quero ler mais e continua a escrever assim *o* | |
| | | Convidado Convidado
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Qua Abr 16, 2014 3:25 pm | |
| Obrigada maldito 8D Continuarei assim que possível ^^ |
| | | Tomoyo Adm. Tomoyo
Mensagens : 273485 Data de inscrição : 09/07/2013 Idade : 26 Localização : Porto, Portugal
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Qua Abr 16, 2014 5:00 pm | |
| - Kath~ escreveu:
- Obrigada maldito 8D
Continuarei assim que possível ^^ Com o possível ela quer dizer "assim que a Tomoyo me voltar a obrigar" | |
| | | Suzu Mod. Suzu
Mensagens : 27540 Data de inscrição : 13/07/2013 Idade : 29 Localização : Não queiras saber.
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Qui Abr 17, 2014 4:47 pm | |
| Como é que eu não vira este topico? o.o Kath muitos parabens pela primeira parte da fic estou a adorar espero que continues. Fizes-te-me relembrar bons momentos do amor doce que ja não me lembrava ^^ Gostei mesmo e parecem mesmo "paginas soltas de um diario" Esta muito engraçado. Tomoyo obriga-a a continuar 8D | |
| | | Convidado Convidado
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Dom maio 04, 2014 10:51 pm | |
| Obrigada Suzu 8DD E ela já está a obrigar e.e Bem, lá vai a segunda parte da fic. Confesso que foi difícil de escrever, e apesar de ser um capítulo único, ficou curtinho... Mas foi difícil relembrar todos os detalhes. Espero que gostem e não se sintam confusos... ._. - Capítulo Único:
Admito que dormir no meio de um corredor escolar não é lá algo muito inteligente...Mas o que posso dizer, se ele dorme em todos os lugares? Acho que não posso culpá-lo, afinal, ele é um neko e nekos têm muito sono. Além de serem fofinhos, carinhosos e meio... medrosos. Mas foi assim que o conheci, dormindo no telhado. Se não fosse minha percepção eficaz teria tropeçado naquele monte estirado em meio ao local... E confesso que deveria ter optado por isso do que acordá-lo amigavelmente e ser respondida com mau-humor, maldito seja. Miku Siki Bute, o rapaz mais preguiçoso que já tive o prazer de conhecer. Na verdade, achei-o estranho desde a primeira vez que conversamos. Estranho e extremamente... Sexy. Desde pequenina tive queda por ruivos e fazer o quê, se sou uma tarada sem cura? Ele tinha diversas peculiaridades que me instigaram e fizeram com que me aproximasse dele cada vez mais. Tornamo-nos grandes companheiros e aos poucos fui desvendando seus segredos. No início, ele parecia não querer confiar em ninguém, mas não pude pressioná-lo, pois tinha meus próprios problemas a resolver. E se não conseguia nem ao menos dar conta disto, como poderia eu ajudar alguém? Mas Miku, aquele rapaz preguiçoso, acreditou em mim e não acusou-me de ter enlouquecido em momento algum. Confesso que fiquei um tanto quanto obcecada por vingança desde que meu irmão, Gabriel, desapareceu. Eu tinha a certeza que era armação de meu maldito tio Victor, tudo pelo dinheiro de meus pais, mas não pude provar. Miku cuidou das feridas e preencheu o vazio em meu coração. Transformou-me em uma neko, assim como ele... Mas somente porque eu queria, em momento algum obrigou-me à alguma coisa. Miku motivou-me, me deu forças para continuar e ajudou-me a carregar o peso da raiva, tristeza e solidão que tive que suportar sozinha ao longo dos anos. Confesso que minha mente criava ideias loucas e já havia pensado milhares de vezes em como seria a morte de Victor... Lenta, e torturante. Mas Miku, também colocou meus pés no chão, e saber que eu tinha alguém do meu lado, fazia as coisas parecerem mais fáceis de se resolver com dignidade. Eu sou Katherine Evangeline Earnshaw, não uma louca obcecada e vingativa. E foi ele, quem abriu meus olhos. Com sua ajuda, o jogo virou ao meu favor, e finalmente pude reencontrar meu amado irmão, Gabbe. Apesar de não sair como esperado e ele não poder ficar, Miku pareceu entender o jogo e garantiu que eu ficaria segura, que o que Gabbe estava fazendo era por mim e que sim, ele iria voltar... Eu só precisaria esperar. E no reencontro com meu irmão, conheci o lado ciumento e competitivo de meu doce neko e também de meu irmão. E confesso: AQUILO FOI REALMENTE FOFINHO. Senti-me imensamente feliz por tê-los ao meu lado, mesmo sabendo que não duraria por muito tempo, afinal... Não tardou e Gabbe teve que partir, outra vez. Mas eu já não sentia tanto medo. E devia tudo, à ele. Foi então que me dei conta, de que era ao lado dele que queria passar o resto de meus dias. Protegendo-o, ajudando-o, e fazendo tudo o que pudesse para retribuir tudo o que fez por mim. Posso assegurar que amo-o com todas as minhas forças e é com ele que quero ter gatinhos. E não importo-me que ele durma no chão em todo lado... Amo-o do jeito que é. Miku... Obrigada, por tudo.
|
| | | Tomoyo Adm. Tomoyo
Mensagens : 273485 Data de inscrição : 09/07/2013 Idade : 26 Localização : Porto, Portugal
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Dom maio 04, 2014 11:01 pm | |
| Olha o capítulo está bom, mas temos de concordar que foi o mais pobre que escreveste até agora, não te censuro, foi um rpg rápido e curto que não deu para marcar muito, também já não te lembravas. Mas menina, não tens desculpa nos próximos u.u Por isso... DE VOLTA AO TRABALHO | |
| | | Takeru Adm. Takeru
Mensagens : 263138 Data de inscrição : 09/07/2013 Idade : 28 Localização : Junto dos pinguins 8D
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Dom maio 04, 2014 11:03 pm | |
| Que fofo <33 Eu adorei e fez o melhor resumo da vida da Katherine no Bloody Trilogy, sem dúvida. Além de estar perfeitamente bem (?) escrito 8DD Quero ler o resto, por isso vê se toca a escrever u.u | |
| | | Convidado Convidado
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Dom maio 04, 2014 11:04 pm | |
| Sim, foi um sacrifício escrevê-lo, mesmo sendo curto. ._. Mas nos próximos tentarei lembrar-me de mais detalhes 8D Obrigada aos dois 8D |
| | | Suzu Mod. Suzu
Mensagens : 27540 Data de inscrição : 13/07/2013 Idade : 29 Localização : Não queiras saber.
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Dom maio 04, 2014 11:35 pm | |
| Que coisa mais fofinha e linda!!! *o* Continua D: Quero ler mais! :c | |
| | | Convidado Convidado
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Qua maio 07, 2014 3:30 pm | |
| Obrigada... Fico feliz que tenha gostado Suzu-chan 8D Em breve postarei o próximo ^^ |
| | | Tomoyo Adm. Tomoyo
Mensagens : 273485 Data de inscrição : 09/07/2013 Idade : 26 Localização : Porto, Portugal
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Qua maio 07, 2014 7:05 pm | |
| | |
| | | Convidado Convidado
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Ter Jun 10, 2014 11:52 pm | |
| Bem, antes que a maldita matasse-me e torturasse-me, postei o capítulo de Vampire Memories... Espero que gostem ^^ E ficou maior do que o anterior, ao menos... e.e |
| | | Takeru Adm. Takeru
Mensagens : 263138 Data de inscrição : 09/07/2013 Idade : 28 Localização : Junto dos pinguins 8D
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Qua Jun 11, 2014 12:05 am | |
| Maldita *O* Está muito bom x33 Senti-me na pele da Kath 8D A forma como escreves deu-me inveja ç_ç As descrições de todos os momentos principais foram excelentes! Vê se continuas sim 8D | |
| | | Suzu Mod. Suzu
Mensagens : 27540 Data de inscrição : 13/07/2013 Idade : 29 Localização : Não queiras saber.
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Qua Jun 11, 2014 12:05 am | |
| ADOREI!!!! continua!!! ficou muito bem escrito!
O teu breve demora muuuuito tempo!
Despacha os dedos! 8D | |
| | | Tomoyo Adm. Tomoyo
Mensagens : 273485 Data de inscrição : 09/07/2013 Idade : 26 Localização : Porto, Portugal
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Qua Jun 11, 2014 12:07 am | |
| MUITO BOM MALDITA, MUITO BOM, PODE COMEÇAR OS OUTROS | |
| | | Convidado Convidado
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Qua Jun 25, 2014 12:52 am | |
| Obrigada à todos *o* <3 Sim, preciso reavaliar o conceito da palavra "breve" em meu dicionário... e.e Postarei o próximo assim que possível 8D
---
Então, antes que fosse mutilada, postei mais um capítulo e.e Como neste RPG a Katherine não foi lá muito ativa, vou adiantando que o capítulo não ficou tão bom quanto os outros... e.e Tentei ao máximo explorar os pensamentos dela para que ele não ficasse curto, e só espero não ter ficado repetitiva demais com isto. Enfim, o capítulo não é cheio de acontecimentos, mas fiz o possível... Espero que gostem mesmo assim ^^ |
| | | Tomoyo Adm. Tomoyo
Mensagens : 273485 Data de inscrição : 09/07/2013 Idade : 26 Localização : Porto, Portugal
| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl Qua Jun 25, 2014 1:00 am | |
| MUITO BEM MALDITA, ESTÁ BOM SIM SENHOR, GOSTEI DO FINAL, AGORA VEJA SE NÃO É TÃO LENTA | |
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| Assunto: Re: [Katherine] The mirror of Cipriano girl | |
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